sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O EGÍPCIO



por Quatermass



Este filme foi baseado na novela do escritor finlandês Mika Valtari. O Egípcio (The Egyptian – 1954) é um filme dúbio. Possui excelentes atores e primorosa trilha sonora de Alfred Newman, porém a direção de Michael Curtiz tem mão pesada, enquanto que o roteiro é arrastado.



Quando já velho, abandonado e prestes a morrer, o protagonista conta sua história: a do jovem e promissor médico Sinuhe (Edmund Purdon) que viveu no período do faraó Akenathon.


Apaixona-se perdidamente pela cortesã Nefer (Bella Darvi) que o expropria de todos os seus bens, inclusive a casa de seus pais adotivos. Em desespero abandona tudo, inclusive suas responsabilidades profissionais, resultando na morte do filho do faraó e seu banimento.


Outro dramalhão? Em termos! Como sempre procuro analisar o todo de uma obra cinematográfica, e esta vale a pena ser revista. O filme possui mais qualidades do que aparenta.


Oferece ao expectador uma visão desconhecida do antigo Egito: a capacidade de seus médicos de realizarem cirurgias complexas, principalmente as do cérebro (fato comprovado) e que em razão disto eram muito respeitados; mostra também o período conturbado da 18ª Dinastia e seu faraó monoteísta, que tenta quebrar as tradições de uma instituição milenar. Neste último caso, outra deturpação made in Hollywood: a tentativa de comparar o monoteísmo com a perspectiva da fé judaico-cristã (absurdo!).


Um ponto chama a atenção: nosso herói (ou anti-herói) não percebe momentos de felicidade, ao invés, persegue a riqueza, o amor platônico e constantemente demonstra sua incompreensão diante da fé, e ainda que escancaradamente as oportunidades de redenção venham a ele, sempre as deixa escapar. Arrepende-se posteriormente e no fim da vida restam apenas suas memórias.


Peter Ustinov novamente rouba as cenas, como auxiliar de Sinuhe; Victor Mature está perfeito como general Horemreb; e John Carradine, um miserável ladrão de tumbas que ajuda nosso infeliz herói a enterrar os pais no Vale dos Reis, apresenta um dos poucos, mas profundos momentos de reflexão (quem sabe de todos estes filmes épicos).



Recomendo. Para falar a verdade, não existe obra cinematográfica perfeita – quem procura defeitos sempre os acha; existem sim filmes inesquecíveis e O Egípcio é um deles.



quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Depois do Fim (1983)


por Thintosecco



Bacamarte. Há quem diga que esta foi a melhor banda de rock progressivo do Brasil, muito embora haja controvérsia.

Não tenho conhecimento para tais comparações, mas sei que existiram nos anos 70 grandes grupos nacionais, como O Terço (que deu origem ao 14 Bis), Casa das Máquinas (do qual falam maravilhas e que até hoje não tive o privilégio de ouvir), o Som Imaginário (especialmente o primeiro álbum, de 1970) e os próprios Mutantes, em sua fase progressiva.

Aqui em Porto Alegre houveram o Raiz de Pedra e o Cheiro de Vida, no início dos 80 (se estes grupos poderem ser definidos como prog...) e bem mais tarde, veio o Apocalipse, de Caxias do Sul (que chegou a fazer sucesso internacional e continua na ativa).

Mas o fato é que o Bacamarte chamou atenção com este disco. Talvez porque em 83 o estilo já estivesse em baixa, ou talvez por ser realmente muito bom. Instrumental é bacana, progressivo mesmo, com um toque brasileiro... E o vocal da Jane Duboc, nossa! Se o instrumental é bom, o vocal é maravilhoso.

Para saber mais, acesse o blog onde encontrei este tesouro, o
Caverna do Som, por aqui. No mais, o negócio é ouvir. Seguem as faixas: UFO, faixa instrumental que abre o disco e Smog Alado, com participaçao da Jane. Valeu.




quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O PEQUENO PRÍNCIPE E O DRAGÃO DE OITO CABEÇAS



por Quatermass




Eu sei! Eu sei! É um desenho japonês! Mas que desenho! Mais que isto, um filmaço!


 





O Pequeno Príncipe e o Dragão de Oito Cabeças
(Little Prince and Eight Headed Dragon/Wanpagu ôji no orochi taiji - 1963)
é baseado num conto japonês.







A história é simples e tipicamente nipônica: com a morte de sua mãe, o jovem e inconformado príncipe Susano parte com seus companheiros em uma jornada ao encontro do ente querido. Visita seus dois irmãos, Príncipe Cristal e Princesa Lua, causando rebuliço em ambos os reinos.












Ao deparar com uma região triste e estéril, constata que os aldeões sacrificam suas princesas ao monstruoso dragão e, decidido a ajudá-los, enfrenta a fera. Dá-se aí o grande momento do filme! Mas não é só isso!


É uma produção do início dos anos sessenta, sem recursos técnicos mais apurados, mas que possui uma beleza plástica incomparável. A música de Akira Ikufube varia: ora melancólica, ora etérea, ora pujante – é memorável, grandiosa. São elementos importantes que destacam a obra.










Não é para crianças! Ao contrário das recentes produções americanas do gênero, este dragão mete medo e exibe cenas de rara violência!

Apesar de ter assistido várias reprises na extinta TV Tupi nos anos setenta, o filme desapareceu por quase trinta anos, ressurgindo recentemente, por incrível que pareça, no Cartoon Network, porém redublado (infelizmente).


Em suma, é um conto de fadas para adultos. É ver, ouvir e sentir.




segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O Homem Que Calculava



Os livros e os amigos IV




MALBA TAHAN

Malba Tahan (Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan) é um heterônimo de Júlio César de Melo e Sousa (1895-1974), um professor brasileiro que, através de seus romances, foi um dos maiores divulgadores da matemática neste País. Lecionava Matemática no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1947 fundou as revistas de recreação matemática Al-Karisme e Damião. Além de obras didáticas, escreveu os romances O Homem que Calculava (1939) e O Livro de Aladim (1943), entre outros. Em 1952, o presidente da República publicou um decreto oficial que permitiu ao cidadão Júlio César de Mello e Souza o uso legal do pseudônimo Malba Tahan. Sobre a obra de Malba Tahan, Monteiro Lobato disse que "...ficará a salvo das vassouradas do tempo como a melhor expressão do binômio ciência-imaginação". (texto adaptado de artigo da wikipedia)


Infelizmente, na escola nunca ouvi falar nesse professor e em seus livros. Mas o destino me apresentou ao Homem Que Calculava, na forma de um velho livro esquecido por alguém numa gaveta, num apartamento alugado (me apresso em explicar que li e devolvi).


Não foi o suficiente para que eu me apaixonasse pela matemática (trauma da educação convencional?), mas bastou para que a respeitasse de verdade a partir de então. O Homem Que Calculava é mais do que um show de matemática. É também um belíssimo livro de histórias. Trata das aventuras do calculista Beremiz Samir, que sempre consegue resolver os problemas mais inusitados, de forma curiosa e divertida. Costurando tudo isto, Malba Tahan acrescenta informações interessantes sobre a cultura islâmica. Um livro interessantíssimo e que deve ser mais divulgado, principalmente entre os jovens.


Como sempre tive alguma dificuldade com a matemática na escola, esta postagem é dedicada a todos que de uma ou outra forma, me ajudaram nesses mistérios (especialmente a um “calculista”, filho de um amigo do meu velho, que não vejo há muitos anos e que estou agora até esquecido do nome, que, com pacientes aulas, me ajudou a superar a quinta série). Que Alá os recompense em dobro! E deixo um abraço para o Mr.Ox e todo mundo que quebra a cabeça em disciplinas de cálculo. Que Alá os proteja!


No mais, encontrei no You Tube esse vídeo que ilustra bem duas das aventuras do Homem Que Calculava. Mas acredite: bom mesmo é ler o livro!




TERRA DOS FARAÓS



por Quatermass



Terra dos Faraós (Land of the Pharaohs – 1955) é um grande épico. Não tem a repercussão dos filmes de Charton Heston (Os Dez Mandamentos ou Ben-Hur), mas é dirigido pelo mestre Howard Hawks e possui uma boa história. Entenda-se boa história como uma narrativa bem contada e que cativa; no entanto, como um produto hollywoodiano, não deve ser levada muito a sério. A sinopse: retornando de sua última campanha com um povo feito cativo, o faraó Khufu (Queops, em grego), decide construir sua pirâmide. No entanto, faz uso de um arquiteto (Vashtar) que construiu as defesas da cidade que conquistou. Em troca de seus serviços, o faraó deve liberar ano a ano, milhares de prisioneiros. Nada mais é do que uma história bem deturpada da construção da grande pirâmide.






Digo deturpada porque, na verdade, em sua construção não foi utilizado trabalho escravo (e no filme dá a entender que foi um “povo predestinado” quem a construiu). O elenco é de primeira, desde a atuação do ótimo ator Jack Hawkings (Khufu), Joan Collins (ainda mocinha, linda, linda, linda), Alex Minotis (o conselheiro do faraó, Hamar) e de James Robertson Justice, como Vashtar. O resto do enredo é bem interessante, a produção é cuidadosa, a trilha sonora de Dimitri Tiokim está perfeita. O final é grandioso.







Pessoalmente, dessa linha de filmes hollywoodianos, está entre os meus preferidos. UM LEMBRETE: depois de tanto tempo assistindo Hollywood, cheguei a seguinte premissa: seus melhores filmes são sempre os mais inverossímeis.


PORTANTO, ESQUEÇA A VERDADE E MERGULHE NA ILUSÃO.


domingo, 25 de novembro de 2007

Crime Of The Century (1974)


Supertramp

Aqui está um álbum que nunca tinha ouvido na íntegra, apesar das recomendações de um grande amigo que sempre o considerou um dos melhores trabalhos do rock progressivo. A afirmação é forte e este incrédulo aqui duvidava, talvez influenciado pela posterior fase mais pop do Supertramp, ou talvez porque à época eu tendia mais em direção ao metal, ou as duas coisas. O fato é este é um disco muito bom mesmo! E o Supertramp foi (durante certo tempo, pelo menos) uma grande banda. Sim, senhor! Para simplificar, fica aqui um trecho da crítica que encontrei no site www.dropmusic.com.br :

Se alguém ainda duvida do poderio musical deste disco, ou mesmo desse quinteto, basta checar o que acontece na última faixa. Intitulada com o nome deste trabalho, Crime of The Century começa bem. Dramático e espacial em sua introdução com o piano, explodindo como bombas quando entram os demais instrumentos para, em seguida, dar prosseguimento ao turbilhão auditivo. Um solo de guitarra, com o já citado pianinho matador mandando ver, em um ritmo cadenciado com a bateria. Meio paranóico e TOTALMENTE minimalístico. Entram teclados com sonoridade de violinos e o saxofone na seqüência. O prazer está garantido aos ouvidos.

Como disse antes, o melhor a fazer é escutar este disco. Qualquer tentativa de convencer apenas com palavras será apenas... uma tentativa! Supertramp já está no lugar mais alto do pódio da historia do rock dos anos setenta, queiram alguns ou não.

Fica aqui o link para ouvir a faixa Crime Of The Century e ainda a letra traduzida (via letras.terra.com.br). Também é altamente recomendável ouvir Hide in Your Shell! Já Dreamer, todo mundo conhece.


Crime do século


Agora eles estão planejando o crime do século

E então, o que será?

Leia tudo sobre seus esquemas e riscos

É algo que vale a pena

Portanto curve-se e acompanhe,

E eles raptam o universo;

Como estão cada vez piores!

Quem são estes homens de luxúria , avareza e glória?

Jogue fora as máscaras e observe

Mas não é o correto--- oh não, que história é essa?

Existe você; e existo eu

Isso não pode estar certo.


Para o álbum inteiro, vá ao TJ Classics ou então a este link no mediafire, que encontrei no Young Hotel Foxtrot. Valeu!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Rotas para Babylon 5 e outros toques

1. Se alguém que curte ainda não ficou sabendo, fica o recado: Babylon 5 retornou à tevê, na Warner, Canal 47 da NET, aos sábados, 15 horas. Ainda sobre Babylon, se alguém quer assistir os primeiros episódios e não tiver maior dificuldade com a língua espanhola, pode assistí-los on-line (em divx) pelo site cinegratis.net, onde também se encontram vários outros seriados.


2. Com a postagem de Espaço 1999 vamos dar um tempo (por enquanto) aos seriados produzidos pelo Gerry Anderson. Como o blog não se restringe à sci-fi, vamos abordar outros gêneros da ficção. Por enquanto, posso dizer que outros clássicos épicos vão pintar por aqui.


3. Este blog (como todos, na verdade) é interativo e funcionará mais e melhor na medida da participação de quem o acessa. Portanto, os comentários, mesmo os mais simples, são colaborações com o conteúdo do site. E se o teu conhecimento for maior que o nosso, então venha logo divulgar! No mais, obrigado por visitarem o planeta, que é Nosso, num sentido mais amplo.


4. Pra fechar, fica um toque sobre a postagem anterior: em 2006 foi lançado um remake de Quo Vadis, uma produção polonesa, que parece interessante, a julgar pelo trailer que existe no You Tube. Fica aqui o link. Bom findi!

QUO VADIS


por Quatermass



Curiosa é a contribuição de Hollywood para a Guerra Fria. Nos anos cinqüenta produziu não sei quantos filmes bíblicos e de época, na tentativa de impor a religião ao inimigo comunista e ateu. Nos anos sessenta, com o ingresso gradativo dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã, produziu outros tantos, agora retratando o heroísmo nas duas guerras mundiais (O Mais Longo dos Dias, Uma Batalha no Inferno, Os Heróis de Telemark, Crepúsculo das Águias, e por ai vai).

Apesar disto, havia qualidade escondida em alguns filmes dos referidos gêneros. QUO VADIS (1951) é um dos precursores da primeira fase: verdadeiro dramalhão, retratando o início do Cristianismo, a conversão e a perseguição dos romanos.

A história: o general Marcus Vinicius (Robert Taylor) retorna à Roma após uma campanha militar vitoriosa e se apaixona por Lygia (Déborah Kerr), filha adotiva de um general aposentado. Ela freqüenta cultos secretos dos primeiros cristãos; via de conseqüência, o herói adere à causa. Acabou? Não! Isto porque paralelo à dupla romântica, outra dupla rouba as cenas do filme – e aí ressalta a qualidade da obra!


Refiro-me à interação entre o senador Petrônio (Leo Genn) e Nero (Peter Ustinov). Parece que o roteiro foi escrito privilegiando os dois. O cínico Petrônio possui senso crítico, inteligência e cultura, que é desperdiçada em adulações ao imperador. Nero por sinal, é a figura onipresente. Peter Ustinov está à vontade na interpretação deste personagem. Nunca Hollywood criou outro Nero mais histriônico. Ao saber da iminência de sua prisão, Petrônio pratica suicídio ingerindo veneno, antes, porém, escreve uma carta testamento ao “amigo”.

A cena em que o imperador toma ciência do ocorrido e sua reação após a leitura da carta é hilária, um dos grandes momentos do filme. Nero toca fogo em Roma, acusando os cristãos. Estes são encaminhados ao Coliseu para serem jogados às feras. O casal romântico também está lá.

Ao final, quando está prestes a se suicidar o adorável imperador afirma (a partir da versão dublada dos anos sessenta): “(...) Como a vida será monótona e sem graça para eles (o povo) sem mim? Como poderão enfrentar tal mundo? Como poderão? (...)” A atuação de Peter Ustinov merece aplausos, pois foi um grande ator que soube imortalizar seu personagem.


quarta-feira, 21 de novembro de 2007

ESPAÇO 1999



por Quatermass



Espaço 1999 (exibido pela TV Tupi em 1975/1977) foi um grande seriado se considerada a 1ª temporada. Explico: em razão dos custos, a produção foi dividida com a RAI. O resultado foi superior às produções anteriores.

A sinopse: uma explosão nuclear na Lua, faz com esta saia de sua órbita indo parar fora do sistema solar juntamente com uma base lunar. Possuía 24 episódios e denotava-se qualidade em todos.




No entanto, para agradar uma fatia maior de audiência, principalmente a americana, resolveram mudar a segunda temporada de maneira genial: mexeram no elenco, infantilizaram os roteiros, anarquizaram a trilha sonora e, principalmente, trouxeram o mesmo produtor que arruinou a série clássica de Jornada nas Estrelas: Fred Freiberger. Resultado: a segunda temporada foi decepcionante. Simplesmente os fãs fazem questão de esquecer.

A título de curiosidade, Espaço 1999 é distribuído lá fora da seguinte maneira: a primeira temporada é vendida em box de seis em seis episódios ou o box completo, das duas temporadas – venda casada. O motivo? Se não for assim ninguém leva a segunda temporada!

Mas voltando à primeira fase, só há elogios: Martin Landau está perfeito como comandante Konig, Barry Morse (prof. Victor Bergmann) também, e Barry Gray abandonou um pouco a música eletrônica (ainda bem!).




As estórias são ótimas, uma delas, inesquecível: O Retorno da Voyager (The Voyager’s Return) quando uma sonda espacial em retorno à Terra é interceptada pela Base Lunar Alfa, porém, descobrem que foi seguida à distância por outras três naves alienígenas. É interessante neste episódio a correlação entre exploração, paz, ciência e genocídio, bem como as diferentes interpretações de cada lado.

Vale a pena rever ou conhecer esta série, ainda que indisponível no Brasil. Quem sabe um dia alguma distribuidora tupiniquim resolva lançar as obras de Gerry Anderson por aqui?


Utilidade pública: no blog cinedivxbizarro (em seriados) se encontram links para as duas temporadas completas de Space: 1999.








Surfing With the Alien (1987)


Joe Satriani

Lançado há vinte anos, Surfing With the Alien é o álbum mais famoso do guitarrista Joe Satriani, sendo considerado um dos mais importantes trabalhos dos anos 80 em seu gênero. São dez faixas instrumentais, a maior parte delas do tipo “arrasa quarteirão”. Para embalar a jóia, a capa do disco vem ilustrada com a figura do Surfista Prateado, um dos mais queridos heróis do Universo Marvel (para mim, pelo menos). Segue uma breve biografia do artista segundo a wikipedia:

Joe Satriani começou a tocar guitarra após a morte de Jimi Hendrix (pois até então tocava bateria). Foi professor de alguns guitarristas famosos tais como Steve Vai, Kirk Hammet do Metallica, David Bryson do Counting Crows, entre outros. Em 1984 Satriani grava um EP com o seu próprio nome contendo 5 músicas em que havia apenas guitarras. Steve Vai, seu amigo e ex-aluno, consegue para Joe um contrato com a Relativity Records, e na mesma época lança seu primeiro álbum: "Not Of this Earth". A sua fama porém veio com o disco "Surfing with the Alien", álbum que lhe rendeu milhões de vendas ao redor do mundo e sua primeira indicação ao Grammy. Em 1996, criou junto com Steve Vai a turnê G3, na qual participa todos os anos desde então ao lado de outros grandes guitarristas virtuosos. Joe conseguiu, num mundo dominado pelo pop, ser um dos guitarristas mais bem sucedidos no rock instrumental dos últimos tempos, vendendo milhões de álbuns, esgotando regularmente a lotação nos seus concertos e sendo o único artista a receber dois prêmios Grammy pela mesma música, "Summer Song".

Apesar da qualidade, talvez seja demais ouvir o álbum inteiro. Mas a faixa-título é indispensável para quem gosta duma pauleira da boa! Taí o link. Mas para quem quiser Surfing With the Alien na íntegra, ele pode ser encontrado neste blog. Hospedado no 4shared, com opção de ouvir e/ou baixar.

Agora aumenta o volume, magrão!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Por que deixei de ler revista brasileira de filmes/séries sci-fi?


por
Quatermass




Porque não acrescenta nada ao nosso já minguado conhecimento do assunto. Comecei a comprar a revista logo que surgiu, em 1997, mas demorei a me desiludir. Repassei todos os números que tinha (quase dez anos de revista) para meu amigo Thintosecco. Não sei se foi minha paciência ou tolerância que se esgotaram, mas aí estão os motivos.

Primeiro, serve apenas par
a promover lançamento de filmes/séries nos cinemas ou locadoras. Alardeia que o próximo filme em produção de Michael Bay terá um roteiro “cabeça” e bobagens do gênero; além do mais, geram falsas expectativas.

Segundo, sua visão crítica é tão ou mais profunda quanto à de um pires. Elogia
os filmes como a segunda trilogia de Star Wars como se os efeitos especiais pudessem salvar a atuação de Hayden Christensen e um enredo fraco.

Terceiro, faz questão de ignorar que existe
passado e que antes mesmo do surgimento da revista se produziam filmes e séries de qualidade.

Quarto, além de não resgatar a memória da própria fantasia/ficção científica, focaliza apenas o medíocre. Trata Angel, Buffy, Stargate, Smallville, Arquivo X, Lost, Babylon 5 e outros como farinha do mesmo saco, às vezes rejeitando outros (como Andromeda). É como o limbo.
Após a leitura, tinha a impressão de que havia pago por algo que não dizia coisa alguma.

domingo, 18 de novembro de 2007

Arqueologia fantástica do gaúcho de Bagé


Te cuida, Erich von Daniken!

A piada abaixo está no CD do Cafezinho, programa da rádio Pop Rock de Canoas/RS! Para ouvir, basta clicar o play.

Aqui, link alternativo no 4shared, para baixar ou ouvir on-line.

sábado, 17 de novembro de 2007

Lucky Man

Emerson, Lake & Palmer.








Atendendo
a pedidos, chega ao blog um dinossauro dos anos 70 (na verdade é o segundo, já que o Pink Floyd teve uma postagem em outubro passado).

Conheci o ELP através
do antigo programa Onda, da TV Cultura (aqui, TVE), que nos anos 80 distinguia-se dos programas de clipes das outras emissoras por não se limitar aos sucessos do momento, mas apresentava principalmente grandes clássicos do pop/rock. Foi assim que assisti o clipe de Lucky Man, o primeiro sucesso da carreira do ELP. Uma bonita balada num clima bucólico: as principais imagens mostram o vocalista Greg Lake pescando, na companhia de seu cachorro. No final entra um solo de teclado, bem diferente, algo místico, momento em que o clipe mostra imagens da banda num local com ruínas da antiguidade clássica, possivelmente na Grécia. A banda já havia acabado, mas ganhava um fã temporão. Recentemente, soube que aconteceu exatamente o mesmo com o meu colega de blog!

Segue parte da biografia da banda, conforme consta na wikipedia, versão em português.




Emerson, Lake & Palmer (ou ELP) foi uma banda de rock progressivo britânica formada nos anos 70 por Keith Emerson (teclado), Greg Lake (guitarra, baixo e vocais) e Carl Palmer (bateria). Entrou para história da música por ser a primeira banda de rock a levar um sintetizador, na época uma aparelho gigantesco, monofônico e analógico, para um show, em fins da década de 60. Entre os seus sucessos, destaca-se Lucky Man.


A banda foi formada em 1970. Seu nome quase foi Hendrix, Emerson, Lake, and Palmer (ou HELP). Em 1969, Keith Emerson estava tocando com os The Nice, e Greg Lake estava tocando com o King Crimson. Após tocarem nos mesmos concertos algumas vezes, os dois tentaram trabalhar em conjunto, mas perceberam que seus estilos não eram compatíveis, mas sim complementares. Eles desejavam se tornar uma banda composta por teclado, baixo e bateria, algo que nunca havia sido feito ateriormente, mas sentiram que era algo utópico, e então saíram a procura de um baterista. Antes de confirmar Carl Palmer na banda, Mitch Mitchell (do Jimi Hendrix Experience) foi contactado. Ele não se interessou mas passou a idéia para Jimi Hendrix. Hendrix, cansado de sua banda e querendo experimentar idéias diferentes, expressou interesse em tocar com o grupo. Por conflitos nas agendas dos músicos isso não foi possível inicialmente, mas o plano era unir Hendrix no Isle of Wight Festival (em 1970). Infelizmente Hendrix faleceu, reduzindo a banda à Emerson, Lake and Palmer.


Os primeiros quatro anos foram muito férteis em criatividade. Lake produziu os primeiros seis álbuns da banda, começando por Emerson, Lake and Palmer em 1970, que continha o hit Lucky Man. Tarkus (de 1971), foi o primeiro álbum conceitual de sucesso da banda, descrito como uma estória de evolução reversa.


A gravação ao vivo de 1971 da interpretação da obra de Modest Mussorgsky, Pictures at an Exhibition, foi um sucesso, o que contribuiu para a popularidade da banda. O álbum de 1972 Trilogy continha o single mais vendido da banda, From the Beginning. No final de 1973, o álbum Brain Salad Surgery foi lançado, se tornando o álbum de estúdio mais famoso da banda. As letras foram parcialmente escritas por Peter Sinfield, que foi o criador do conceito King Crimson e único letrista em seus primeiros quatro álbuns.


As subsequentes turnês mundiais foram documentadas em uma gravação ao vivo tripla, entitulada Welcome Back my Friends to the Show that Never Ends. Sua maior apresentação foi o show da Isle of Wight Festival, em agosto de 1970, um dos últimos grandes festivais da era Woodstock. No final da apresentação, Emerson e Lake atiram de dois canhões posicionados nas laterais do palco.



Em abril de 1974, o ELP era a atração principal do California Jam Festival, sobrepondo banda como Deep Purple. O evento foi televisionado em todo os Estados Unidos, e é considerado como o auge da carreira da banda. O som do ELP era dominado pelo órgão Hammond e pelo sintetizador Moog de Emerson. As composições da banda eram muito influenciadas pela música erudita do período clássico, com adições de jazz e hard rock.


Pode-se dizer que, pelas citações clássicas, a banda se encaixa também no sub-gênero do rock sinfônico. Em apresentações a banda exibia uma mistura de virtuosidade musical e desempenhos teatrais. Seus shows extravagantes e muitas vezes agressivos receberam muita crítica, apesar de espetáculos do rock posteriores terem extrapolado muito mais nesses quesitos. O teatro se limitava a carpetes persas, um piano girando e um órgão Hammond sendo molestado no palco (era sempre o mesmo piano, chamado L100, sendo sempre reparado durante a noite para o próximo show).


Outro fator incomum era que Emerson levava um sintetizador Moog completo (um enorme e complexo instrumento nas melhores condições) para as paresentação, o que adicionava grande complexidade para a realização das turnês. O ELP parou por três anos para reinventar sua música, mas perdeu contato com a cena musical em transição. Fizeram turnês pelos Estados Unidos e Canadá em 1977 e 1978, para manter o contato direto com seu público. Mas com a expansão dos movimentos disco, punk e new wave, a banda não conseguiu mais se manter como inovadores da música. Eles terminaram a banda por conflitos pessoais.


Finalmente, seguem dois vídeos. Também sugiro confeir o clipe de Fanfare for the common man, no You Tube. Valeu!





sexta-feira, 16 de novembro de 2007

UFO


por Quatermass



UFO (Unidentified Flying Object – 1969/1970) – objeto voador não identificado – quem como eu era guri nos anos setenta, vai se lembrar daquele seriado exibido em 1974 pela TV Bandeirantes à noite, após as 21 h.



A historia básica era a seguinte: de um planeta moribundo alienígenas desejam ocupar o planeta Terra, mas para isto devem se livrar da raça humana. Contra eles foi criada a SHADO (Supreme Headquarters Alien Defense Organisation), dotada de unidades em mar, terra, ar e espaço.


Este seriado criado por Gerry Anderson abandonou de vez as marionetes e foi constituído por atores em carne e osso. O roteiro é uma evolução de Capitão Escarlate: contém uma premissa ainda mais pessimista, onde os alienígenas não ganham, porém a raça humana toma um pau daqueles!



Por exemplo, em “Flight Path” a esposa de um técnico da SHADO é assassinada pelos aliens e este se vinga em uma missão suicida; em outro (“A Question of Priorities”) o comandante da organização deve optar entre salvar a vida de seu filho ou investigar a queda de um disco voador (é óbvio que a criança é quem dança!).



Ainda assim, os roteiros estão acima da média do produzido na época, a visão do que seria 1980 é até curiosa. O figurino é o ponto fraco da série: criado por Sylvia Anderson (sua esposa na época), é simplesmente ridículo (estranho nos anos setenta e brega nos dias atuais).



Marca também o último trabalho de Derek Meddings com Gerry Anderson, mas encerra a colaboração com maestria: até hoje seus discos voadores impressionam bastante, mesmo sem o recurso da computação gráfica (rivalizando com os discos de Ray Harryhausen em Earth versus Flying Saucers - 1956).



Barry Gray resolveu inovar, acrescentando musica eletrônica na trilha sonora – resultado estranho, mas condizente com um seriado de qualidade, que, acima de tudo, mais parece servir de laboratório para o mais ambicioso dos trabalhos de Anderson: Espaço 1999.



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